Porto Velho (RO)10 de Maio de 202514:55:57
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Plantão de Polícia

Aluno urinou sangue após apanhar de colega em escola

Sentindo fortes dores, o estudante precisou ser internado na UTI para tratamento. A família quer retirá-lo da escola após a recuperação


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Após apanhar de um colega no Colégio, na unidade de Águas Claras, um adolescente, de 15 anos, urinou sangue e foi internado na unidade de terapia intensiva (UTI). O caso ocorreu na quarta-feira (7/5).

Segundo a mãe, o garoto levou um soco na lateral do abdômen após o autor, que também tem 15 anos, ficar nervoso por conta de um desentendimento entre colegas em sala. A família preferiu não se identificar.

A direção do colégio teria advertido o filho dela e suspendido o menino que deu o golpe. Em casa, o adolescente agredido percebeu coágulos de sangue ao urinar.

O estudante começou a sentir uma dor intensa a ponto de ter que ir ao hospital. "Meu filho me ligou falando: ‘Mãe, tô com uma dor no abdômen, no lado esquerdo'", contou.

De acordo com a mãe do menino, incialmente, o estudante tentou esconder o motivo, por medo do menino responsável pelos golpes. "Depois que ele fez xixi, a dor aumentava gradativamente a cada minuto", completou.

Pancada

Enquanto a mãe saía do trabalho, no Plano Piloto, o padrasto do garoto o levou ao hospital. Na unidade particular, os médicos pediram um exame de urina e constataram que não havia infecção ou algo do tipo, e que o problema havia de fato sido causado por alguma pancada.

"Quando veio o resultado da tomografia, o médico falou que era muito estranho, porque ele notou uma pancada no rim, o que era totalmente incompatível com uma infecção. Ele não sentia ardor ao fazer xixi, mas tinha sangramento na urina", relata a mãe. Neste momento, o rapaz confessou que havia sido agredido.

UTI

Desde então, o garoto está na UTI. "Ele deve ficar por sete dias para que os médicos analisem o quadro evolutivo", conta a mãe do menino. "Ele pode precisar de uma cirurgia na qual ele pode até perder o rim, porque é uma cirurgia de difícil acesso para enxergar aonde está machucado", relata.

Para além da preocupação com o filho, a mãe lamenta o caso de agressão. "Eu ensino empatia, amor ao próximo, amizade ao meu filho. A gente o colocou numa escola particular achando que ele estaria numa situação melhor e acaba passando por isso dentro de sala de aula", comenta.

Depois que o garoto se recuperar, a mãe pretende transferi-lo de colégio. "A única certeza que eu tenho é que ele precisa sair daquela escola. Tem a questão da vergonha que ele está sentindo, do medo da retaliação em estar pelas ruas de Águas Claras e poder encontrar em qualquer esquina… até eu penso em me mudar daqui", relata.

O que diz a escola

O Colégio lamentou o episódio e destacou que acompanha o estado de saúde do garoto internado. Leia anota abaixo, na íntegra:

"A equipe pedagógica da instituição de ensino informa, com pesar, que ocorreu um episódio de agressão física entre dois estudantes do Ensino Médio, durante a troca de professores em sala de aula. Infelizmente, a ocorrência resultou na hospitalização de um dos estudantes, que foi atingido por um "soco" desferido por um colega. A escola está em contato contínuo com a família do estudante hospitalizado. Após o ocorrido, a instituição acionou as famílias envolvidas, bem como os órgãos competentes, incluindo a Delegacia da Criança e do Adolescente registrando a Ocorrência nº 81209/2025 e o Conselho Tutelar de Águas Claras. Foram adotadas as medidas pedagógicas cabíveis, incluindo a transferência do estudante responsável pela agressão. A escola também realizou uma nova intervenção com a turma, reforçando o acompanhamento sistemático por meio do Serviço de Orientação Educacional (SOE) e intensificando a realização de palestras e ações formativas com foco na promoção de valores como respeito, empatia e tolerância. Reforçamos o nosso compromisso com a segurança e o bem-estar dos estudantes e solicitamos o apoio contínuo das famílias na orientação de seus filhos, visando fortalecer a convivência harmoniosa no ambiente escolar. Agradecemos a compreensão e colaboração de todos, certos de que, juntos, poderemos preservar e promover uma cultura de paz em nossa comunidade escolar".














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