Porto Velho (RO)08 de Outubro de 202513:22:19
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Plantão de Polícia

Perícia indica que metanol foi adicionado em bebidas alcoólicas

Laudo afirma que concentração de metanol indica que a substância foi adicionada, e não produzida naturalmente pelo processo de destilação


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Divulgação/Polícia Civil

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O metanol encontrado em bebidas alcoólicas apreendidas em São Paulo foi adicionado, e não produzido naturalmente pelo processo de destilação, de acordo com o Instituto de Criminalística da Polícia Científica.

"Pode-se afirmar, até o momento, e de acordo com as concentrações encontradas, que o metanol foi adicionado ", informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Segundo o último balanço divulgado pelo governo estadual, nessa terça-feira (7/10), o total de casos confirmados chegou a 18. Ao todo, são 176 notificações em todo o estado.

De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES), 10 mortes são investigadas por relação com a contaminação por metanol. Três já foram confirmadas, a última delas de Bruna Araújo, mulher de 30 anos que morreu no último dia 2 de outubro, em São Bernardo do Campo, no ABC.

Apesar do aumento do número de casos confirmados, o governo paulista descartou 38 novos casos após análises clínicas e epidemiológicas, e outros 35 passaram a ser investigados. O total de notificações descartadas é de 85.

Números de intoxicação por metanol em SP

3 mortes confirmadas.

7 mortes sob investigação (sem contar as confirmadas).

18 casos confirmados por intoxicação por metanol em bebida adulterada.

158 casos em investigação de intoxicação por metanol (sem contar confirmados).

11 estabelecimentos interditados cautelarmente pelas Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal. Na capital: Bela Vista, Itaim Bibi, Jardins, Mooca, M’Boi Mirim e Cidade Dutra.; na Grande SP: Osasco (2), São Bernardo do Campo (1) e Barueri (1).

42 presos em operações contra a adulteração de bebida desde o início do ano, 21 deles nesta semana.

Tratamento de pacientes

Na sexta-feira (3/10), o governo paulista anunciou a compra e distribuição de 2 mil novas ampolas de álcool etílico, usado no tratamento de pacientes com intoxicação por metanol. A aquisição foi realizada pela Secretaria de Estado e destinada aos centros de referência estaduais.

Um novo protocolo promete agilizar a análise dos casos. Os testes em amostras de sangue e urina devem ser concluídos em até uma hora no Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (LATOF) do Departamento de Química da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto (USP-RP).

Intoxicação por metanol

Altamente inflamável e tóxico à saúde humana, o metanol, também conhecido como álcool metílico, é incolor e inflamável, com cheiro semelhante ao da bebida alcoólica comum. Utilizado na formulação de tintas, combustíveis e adesivos, o composto também aparece, em pequenas quantidades, no processo de fermentação de frutas e vegetais.

Se consumido em grande quantidade, o composto químico pode causar cegueira e até ser letal. Por isso, segundo regulamentação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o limite permitido de metanol em destilados, em geral, é de 20 miligramas a cada 100 mililitros. Isso equivale, aproximadamente, a algumas gotas.











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