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A base de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) passa por uma mudança estrutural: o CPF se tornará o número único de identificação de cada cidadão. A medida busca dar mais confiabilidade ao sistema, reduzir duplicidades e eliminar cadastros inconsistentes.
Conforme informações obtidas pelo Portal SGC, a alteração não muda o atendimento, que segue normal, mas padroniza a identificação dos usuários. "O objetivo final é que cada cidadão que já tenha um CPF tenha um cartão SUS, então será um número unificado que vai facilitar a identificação e o atendimento. No nosso caso temos os ribeirinhos, indígenas. Essa população não será desassistida, continuará sendo atendida mesmo sem o número do CPF. Será gerado um cartão SUS para ele no atendimento. Esse cartão terá a validade de um ano até que ele regularize essa situação com um novo CPF", explicou Sônia Regina, coordenadora do Crecs.
Atualmente, mais de 246 milhões de cadastros estão vinculados ao CPF no Brasil. A emissão do novo cartão já começou nas unidades de saúde. "Para obter ele, esse sistema é automatizado. A migração é automática. Sai do CPF e vai para o cartão do SUS. Para a população ter acesso ao CadSUS ela pode ir diretamente às unidades para a emissão do novo cartão. Essa mudança está ocorrendo gradativamente. Iniciou em julho e vai até abril de 2026", disse Albino José, chefe do sistema de informação.
Segundo o Ministério da Saúde, desde julho, 54 milhões de registros sem CPF já foram suspensos. A expectativa é de que cerca de 11 milhões de cadastros sejam inativados por mês até que todo o sistema esteja alinhado à base da Receita Federal.
Portal SGC