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1.1- Será que abacaxi vira uva?
Em 8 de março de 2021 Edson Fachin, que hoje preside o STF decidiu que a 13ª Vara Federal de Curitiba era incompetente para atuar nos processos sobre o tríplex do Guarujá, sítio de Atibaia e Instituto Lula, declarando "a nulidade apenas dos atos decisórios praticados nas respectivas ações penais, inclusive os recebimentos das denúncias". Deixou válidas as quebras de sigilo, interceptações e o que foi obtido em buscas e apreensões. Na sequência Gilmar fulminou Moro com a suspeição tal como havia fazer bem antes e até com o Instituto Lula, à época sem sentença. Era o início do fim da Lavajato que se aproximava do STF. Tudo era fruto de um HC do Zanin, Eliakin, Valeska e Maria de Lourdes Lopes. Estava pronta a patuscada que levou Lula a disputar a eleição, tomar o poder e de lambuja entronizar Zanin no STF. Sobre Fachin lembro outra delecom reflexos até hoje. Em junho de 2020, ele travou operações policiais nas favelas do Rio. "Só em hipóteses absolutamente excepcionais" e deu m(*)rda. Este aí é o Fachin ligadésimo ao MST e à esquerda.
1.2- Será que toda uva vira vinho?
Mas o que estará rolando no Supremo Sanatório Federal, ou STF? Ao discursar na posse Fachin refugou a festa com vinho e lagosta. Por sua origem talvez cacetinho com mortadela e tubaína e estranhamente falou de austeridade, de separar política e justiça, rever procedimentos dos aloprados do Sanatório e deu no sábado à tarde um exemplo didático, relevante e necessário. Enquanto Sua Nulidade usou a FAB para levar a Lady Ponta Grossa ao show de Betânia em São Paulo, Fachin fez o trecho inverso, no voo 1452 da Gol. Embarcou sozinho como deve ser a praxe. Em Brasília só um servidor do STF o esperava como deve ser a praxe. Sem declaração pública, nenhum repórter do consórcio para passar os recados cifrados à militância, partidos, extremistas de direita, órgãos de controle, enfim, à cadeia de gente que vive de olho na rinha para ver qual é o galo bom. Entre surpreso e desconfiado, refleti sobre uvas. Toda uva pode produzir vinho e alguns excelentes, mas Fachin não é uva nem vinho. Está mais para vinagre. Do vinho é possível fazer o vinagre, mas nunca o contrário. É impossível. E eu aqui de olho na esfinge. É broca véio!
1.3- O que será que amedrontou Fachin?
Já se sabia que o custo para distribuir a justiça na "terra brasilis" era e é altíssimo e o discreto Fachin estaria assustado com o "bagúio". Daí talvez o desprezo pela festa e regabofes. Talvez não quisesse abrir espaço para apanhar já no primeiro dia ou queira marcar o próprio espaço, não dividindo a ribalta com os outros "capas pretas". Sobre custos: Desde 2021 o Judiciário acelerou forte e em 2024 chegou a R$146,5 bilhões, 5,5% sobre 2023. A peia em 2024, foi R$138,9 bilhões, diz o CNJ. Mas não são apenas as altas cortes, a Justiça Estadual cujo contingente é de 181 mil servidores "deu pé" e lá se foram R$91,6 bilhões, 62,6% do total. A dispensável Justiça do Trabalho, com 39,3 mil servidores, se esmerou e lá se foram R$25,5 bilhões, ou 17,4% do total. Faltou falar da Justiça Federal com 27,6 mil servidores, gastos de R$15,9 bilhões e a dispensável eleitoral com 23 mil servidores que torrou R$8 bilhões. Serão os números responsáveis pelo uso do termo "austeridade"? Do jeito que está a justiça, diz Zé de Nana, "é pa cabá de vez com o piqui do Goiás".
1.4- Descascando o abacaxi ...
No 13º dia pós-experimento químico, Sua Nulidade falou ao telefone com o Scheriff dos EUA. A versão oficial diz que a videoconferência durou 30 minutos e feita por Trump. Lulex teria falado a Trump que o Brasil é um dos três países do G20 que tem superávit da balança comercial com os EUA, teria pedido a retirada do tarifaço e além disso, o arrefecimento nas questões sobre a aplicação da lei Magnitsky e a revisão sobre questão de vistos sem citar nomes. A nota oficial fala da designação do secretário Marco Rubio para as conversas sobre tarifaço com Alckmin, Haddad e Mauro Vieira. Ora Trump é negociador e só abre a mão para pegar o troco e dar adeus. Para aliados, Lula dará a cabeça do Biroliro na bandeja, mas esquecem que Marco Rubio está mais para pittbul que pintcher. Será que Lula, o encantador de serpentes consegui encantar o Laranjão em tão pouco tempo? Éraste maninho.
1.5- Porto Velho e seus 111 anos
Como dizem os versos de uma velha canção portuguesa que embalou a revolução dos cravos, "foi bonita a festa pá". Aqui também. O prefeito Léo Moraes botou curto na festa e fez o povão que apoia o estilo "arrumador de casa" feliz. Gostei de tudo o que vi. Música, dança, caminhada, corrida, bolo de aniversário com 11 metros e limpeza rápida do lixo produzido. E por falar em lixo, Porto Velho fez aniversário e a Marquise ganhou o presente. A justiça ordenou que ela volte a prestar o serviço que fazia. Não tenho a mínima ideia no que vai dar, mas desejo que recebamos o melhor serviço, com qualidade, pelo menor preço e a justiça que ganha muito para fazer a prestação jurisdicional que atue paa dizer quem fica e quem sai. Pouco importa esta parte. Um eterno otimista comprometido até os ossos com minha cidade, oro para que ao final do mandato do Leo Moraes tenhamos um bolo enorme com 114 metros - se fiz a conta certa - para comemorar o aniversário da cidade com os 114 quilômetros de esgoto e de canais e igarapés bem cuidados. Aí o Xará, já escreveu o nome na história e pode sair a governador com meu voto e até sem Joelma. Será um Moraes diferente daquele outro lá. Lá ele! Um Moraes com moral.
1.6- Fim de papo
Que coisa... Gilmarpalooza na Europa travando em Portugal, Dória com problemas para juntar juízes e lobistas para a reunião da LIDE no EUA e acho que é a vez da Argentina. Lembrei do Manoel Bandeira em Pneumotórax, "A única coisa a fazer é tocar um tango argentino". Mas para Barroso, "sempre haverá Paris". Que coisa...
Léo Ladeia