Léo Ladeia
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1.1- Quem não se comunica se trumbica
Esses dois aí devem uma explicação ao país sobre Pix, cartão e outras operações pela Receita Federal. O enrosco é a marca dessa equipe que criou o arcabouço, a isenção para quem ganha até 5 mil reais, mas que reduz a correção do salário mínimo. A "tchurma do primário mal feito" erra nas contas e na comunicação. A fiscalização sempre existiu pelos dados dos bancos para o Decred, mas é bom se ligarem em movimentações atípicas que podem gerar problemas para quem burla as regras do Leão. E o que muda? Para pagadores de imposto, burros de carga, nada. As operadoras de cartões, bancos virtuais, transações via PIX em cartões de débito e moedas eletrônicas entram no Decred a partir de agora. Então, calma. Você pode fazer o que fazia, pagar comida, diarista, festa e unhas com seu cartão. O só quer as raposas. Galinhas ficam fora dá até para pagar "as moças" com PIX ou cartão. O problema é em casa se a cumádi descobrir. Vixi... É naba da grossa!
1.2- O avesso do avesso
Esse texto é do Chauvin, professor da Escola de Comunicações e Artes da USP sobre Bolsonaro, para ele um mentiroso contumaz. "Mitocracia é a mitomania em máxima escala. Seu primeiro sintoma é a indiferença a qualquer causa que não a sua. O segundo é afirmar barbaridades aos berros. O terceiro é disputar com adeptos e comparsas quem mente mais e há uma "virtude" que se sobrepõe: o mitocrata não vê sentido em ler e verificar a procedência do que nega, inventa ou compartilha". Seu artigo me levou à música Sampa: "Narciso acha feio o que não é espelho" e ao filme, 10 coisas que eu odeio em você: "Odeio como está sempre certo, odeio quando você mente, mas odeio não conseguir te odiar". A mentirada começou com Lula contra Sarney e os outros mandatários, menos Dilma. O texto levou-me a pensar no ranço que ele tem pelos antecessores. Freud diria: "quanto de você existe naquilo que você odeia? E deixamos isso ocorrer por tantos anos. O Brasil tenta seguir em frente mas como caranguejo ou anda de lado ou de ré.
1.3- Democracinha relativa
O Brasil se desgastou tanto com Maduro que virou piada mundial. Somos hoje a "democracia relativa". No dia 8 de janeiro Sêo Lule chamou o povo e foram meia dúzia de jericos abraçar a palavra democracia naquele jardim de cimento. A ideia era mostrar que a narrativa do pretenso golpe e a ditadura que aqui se instalaria foi derrotada. Flopou. Fiasco só comparável à narrativa da tentativa do golpe de estado que praticamente paralisou o STF por 2 anos. Pagamos a conta da festa, da vergonha e da tortura psicológica dos presos sem direito a segunda instância por conta do 8/1. No dia seguinte 9/1, o Brasil estava na Venezuela aplaudindo o ditador Maduro saudando-o como presidente legitimamente eleito. Para Maduro, porém a representação era pouca e ele fechou fronteira ao Brasil. O Itamaraty silente segue na esteira de fracassos da caótica política brasileira, humilhado pela postura subserviente com a coluna vertebral flexível, dobrada como uma minhoca. E somos agora uma vergonhosa tragédia autoritária numa democracia relativa.
1.4- Algo no ar entre os aviões de carreira
A Azul e a Abra controladora da Gol estão em vias de se fundirem. O memorando de entendimento está sendo montado, mas há ainda questões que foram adiadas por conta da reestruturação da Gol nos EUA. Era para acontecer em novembro e o novo prazo é possível que seja este mês. O memorando é a primeira das ações para firmar a intenção de negócio e a tendencia é a criação de uma empresa com fim específico, tipo "corporation" sem controlador definido, o que permitirá o uso das duas marcas a exemplo do que já ocorreu entre a Gol e a Avianca. Está fácil, as duas aéreas já operam em "codeshare" compartilhando assentos abrindo até a possibilidade de formação de uma "joint-venture". Os custos da aviação no país são fatores determinantes na busca de soluções que levem a operações seguras com a lucratividade que Varig, Vasp, Transbrasil apenas por exemplo, não tinham.
02- Agora é a guerra
Um vídeo explicando que deve ser abolido o uso das mãos para saudar alguém, letras pichadas mostrando o território de bandidos, posts em redes sociais sobre o tribunal do crime, gerenciamento de condomínios populares pelo "dono da boca", as muitas execuções em fins de semana, a profusão do comércio de drogas na capital e com elas os zumbis espalhados, dão ideia de como o crime comandado por grupos avançou e tomou conta das penitenciárias e ruas de Porto Velho. Neste fim de semana um ex-policial penal foi morto na zona sul e um morador do Orgulho do Madeira, cabo da PM foi emboscado e morto quando visitava sua filha que mora no condomínio. Para mostrar quem manda, um totem de segurança pública foi explodido e não há mais jeito: agora é a guerra instalada e a semana promete pois, a morte do Cabo Fábio Martins vai ser vingada. O pano de fundo é a luta das facções que mandam na Capital, a leniência e a elasticidade na aplicação das leis. Se o bandido não respeita a polícia a solução é incutir-lhe o medo. A violência se combate com o uso da força constitucional, prevista no art 144, inciso 5º. e na sequência a ação social com a presença do estado. Terror se combate de forma dura e definitiva. É chão mesmo, vejam Caiado ou Tarcísio. Aí um "boca de suvaco" de um governo de (*)erda, quer regrar a força policial... Ara
03- Penúltimo pingo
Que coisa... A antes combativa OAB entregou a direção ao doutor Beto Simoneti, para continuar lutando pelas prerrogativas e se posicionando fortemente contra os abusos da supimpa corte. Agora sim os advogados serão ouvidos em plenário e atendidos nos autos de processos, se ou quando conseguirem ter conhecimento dos mesmos. E o Brasil caranguejo segue em frente: de lado ou de ré. Que coisa...
Léo Ladeia