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Uma operação de limpeza retirou aproximadamente 260 toneladas de lixo, o equivalente a 13 caçambas, de uma residência localizada na Rua Dom Pedro II, na região central de Porto Velho. A ação, realizada na quarta-feira (5), ocorreu após denúncias de moradores que não suportavam mais a situação de insalubridade no local. Segundo Marli Gonçalves, vizinha da residência, até animais peçonhentos foram encontrados na área.
"Essa situação começou há cerca de quatro anos. Desde então, vivemos com medo dentro de casa. Já apareceram cobras, ratos, baratas e muitos outros animais que nem conhecemos. É muito difícil conviver com isso", relatou a moradora. No interior da residência, foram encontrados diversos itens descartados, como cadeiras, armários, sacolas plásticas e garrafas PET. Além do lixo acumulado, a vizinhança convivia com um forte odor que se espalhava pela região.
O morador Miguel Arcanjo descreveu o cenário como preocupante, especialmente por se tratar de uma área central da cidade. "Havia uma infestação de ratos e baratas, além de um cheiro insuportável. Hoje, ao passar por aqui, fiquei muito feliz ao ver a transformação desse trecho. Parabéns à equipe que realizou esse trabalho", declarou. A Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf) está prestando acompanhamento psicossocial à moradora do imóvel.
"Nosso primeiro papel é compreender a situação da pessoa e, em seguida, elaborar um plano de atendimento psicossocial. Estamos aqui para oferecer suporte socioassistencial e continuaremos acompanhando o caso", afirmou Giovany Lima, psicólogo da Semasf.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) também esteve no local após receber denúncias de maus-tratos a animais. No entanto, a moradora não autorizou a entrada da equipe na residência. O acúmulo compulsivo, conhecido como transtorno de acumulação, é um distúrbio caracterizado pela coleta excessiva e pela dificuldade de descartar objetos, resultando em impactos comportamentais e cognitivos significativos. Além disso, essa condição pode favorecer a proliferação de animais transmissores de doenças, representando riscos à saúde pública.
Portal SGC