Porto Velho (RO)09 de Março de 202510:29:29
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RONDÔNIA

Existem alguns entraves para o deputado federal Lúcio Mosquini deixar o MDB

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Foto: Divulgação

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Tudo muda

As pesquisas de opinião sobre o desempenho dos governos, ao ser divulgadas, raramente são expostas em detalhes. Não fazem distinção entre a figura do governante e a gestão em si. No caso do declínio da popularidade do presidente Lula, as pesquisas focam mais aspectos eleitorais que o governo em si. Muitas decisões que o presidente é forçado a tomar interessam ao governo e sua continuidade, tomadas por pressões do Centrão, mas podem desastrosas para Lula enquanto candidato e líder político, com a possível consequência de até tirá-lo da disputa em 2026.

Na medida em que tanto o staff do presidente quanto a oposição supõem que tudo se resolve com propaganda em massa disparada pelos robôs que dominam as redes sociais, só um olhar distante da conjuntura atual e futuro poderá expor a realidade que o barulho dos robôs e seus donos ocultam. O mundo virou de cabeça pra baixo após a eleição de Donald Trump nos EUA e no Brasil a definição do presidente Lula favorável à exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas está lhe tirando grande parte do apoio que sempre teve junto a indígenas, quilombolas e ambientalistas.

Pode ser que no futuro tudo seja visto com outros olhos. O presidente Fernando Henrique Cardoso salvou a lavoura brasileira em 1995, em seu primeiro ano de governo, mas no final perdeu tanta popularidade que não conseguiu eleger seu sucessor. Mutatis mutandi, como diziam os latinos. Ou seja, as coisas vão mudando.

Os entraves

Existem alguns entraves para o deputado federal Lucio Mosquini, que se diz bolsonarista raiz, deixar o MDB, partido onde conquistou a presidência estadual. O primeiro deles é que ele não pode trocar de partido, como se fosse uma cueca, sem punição pela legislação eleitoral em vigor. A janela partidária para a mudança de legendas sem a punição da perda de mandato só vai acontecer em março do ano que vem. Ele pode negociar uma expulsão, e aí então ingressar no Republicanos ou no PSD. Além disto, tem o farto rateio do fundão eleitoral do MDB, que ele administra. Não pode trocar tudo isto sem alguma compensação.

Sem oposição

Sem oposição ao governador Marcos Rocha a esfera estadual e o mesmo ocorrendo na área municipal, com o prefeito Leo Moraes, a população só pode se socorrer com o Tribunal de Contas do Estado -TCE com suas inspeções periódicas nas unidades de saúde municipais e hospitais do governo estadual. Voto de louvor também a associação dos médicos que volta e meia se pronuncia. Com vereadores de Porto Velho, deputados estaduais e federais e senadores omissos na fiscalização da saúde e nas obras em Rondônia e na segurança, a população da capital está mesmo lascada.

Congestionamento

Vejam o congestionamento que poderá acontecer na disputa das cadeiras a Câmara dos Deputados pelas candidaturas femininas na capital rondoniense: 1- Ieda Chaves (União Brasil) 2-Luana Rocha (União Brasil) 3- deputada federal Cristiane Lopes (União Brasil), 4 -Mariana Carvalho (União Brasil) 5- Juíza Euma Tourinho (MDB) 6- Sofia Andrade (PL). Com Ieda Chaves, Luana Rocha e Mariana Carvalho já bem "interiorizadas", ou seja, com bases já firmes no interior, as três largam na dianteira nesta provável peleja de 2026. Neste cenário feminino é bem possível a deputada Cristiane perder a sua cadeira,

Nova aquisição

O governo Marcos Rocha que enfrentou denúncias na aquisição do Hospital Regina Pacis, na região central de Porto Velho, agora aquece as turbinas para a compra de mais um hospital na região central para substituir o decadente Pronto Socorro João Paulo II, depois da fracassada tentativa da construção do Heuro Hospital na Zona Leste. As alternativas ofertadas são das melhores o que questiono é a localização central. Ocorre que mais de dois terços da população da capital estão concentrados na Zona Leste, com alguns bairros populosos a 18 quilômetros do centro. Vai daí, que caso haja bom senso neste governo, a instalação de um hospital deste porte deveria ter como prioridade a Zona Leste.

Via Direta

*** Se em Rondônia os petistas vão padecer até para eleger deputados estaduais, já no Acre onde igualmente a política tende para o bolsonarismo, o PT tem a expectativa de eleger um senador, no caso o ex-governador Jorge Viana *** São duas cadeiras em disputa onde Jorge Viana teve seus mandatos de governador e no Senado aprovados pela população acreana *** O PSD está procurando candidatos aos governos pelos estados. No Amazonas se projeta a postulação do senador Omar Aziz***. Em Rondônia, existe a opção do prefeito de Cacoal, Adailton Fúria e projeções para a adesão do ex-prefeito Hildon Chaves ao partido se tornando o candidato a governador em Rondônia. 














Carlos Sperança

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