Porto Velho (RO)01 de Abril de 202500:15:06
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RONDÔNIA

POLíTICA & MURUPI

Confira a coluna


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Léo Ladeia

Foto: Divulgação

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1.1- Casa Civil e as pontas soltas



Cabe só ao governador definir a mudança que se esperava acontecer na chefia da Casa Civil. O tempo foi passando, teorias e buchichos acontecendo, até que uma possível gravação foi determinante para a saída do "imexível" secretário. A Casa Civil é um órgão essencial para articulação política entre os vários atores que orbitam o governador e uma troca em fim de governo é difícil até para quem aceite "assumir o BO". Enfeixar a articulação foi a escolha do Marcos Rocha que mais parece sacrifício pessoal. Ficar sem anteparo da Casa Civil reduz o tempo que ele deve usar para as relevantes tarefas de presidir o estado para dividir com tarefas corriqueiras, reuniões, conversas nem sempre produtivas, tornando-se não mais a última, mas única instância de governo. Torço por seu sucesso, mas percebo que as notícias sobre as insatisfações e as cobranças que surgem são indicadores de que as tensões só tendem a aumentar. Afinal é ano pré eleitoral.

1.2- E por falar em eleição...


 


O sonho de todo mandatário é comandar o processo eleitoral, deixando alguém que irá respeitar e dar continuidade ao seu trabalho. Para isso seu mandato deve ter excelente aprovação pública, reconhecimento político, sua figura deve trazer o carisma que envolve os bons líderes e o escolhido para sucedê-lo deve estar em pé de igualdade com sua aprovação. Porém, ainda assim detalhes impedem que o resultado ocorra, como na última eleição para a Prefeitura de Porto Velho. O jogo começou com mais candidatos que o almejado e até agora o governador Marcos Rocha não tomou as rédeas da eleição. No âmbito federal há a chance de renovação recorde face à troca obrigatória de dois senadores. Já na Câmara é pela indigência política da nossa bancada de deputados. É hora de definirmos os caminhos a partir de nossas demandas e nosso ponto de vista como eleitor. O protagonismo precisa ser nosso, já que os custos da eleição, inclusive o fundo partidário, feudos juridicos - TRE’s, TSE, etc - e partidos é tudo por nossa conta.

1.3- A justiça brazuka em três letras


 


A anulação de provas (Odebrecht) e a revisão de acordos de leniência pelo STF podem "minar a confiança pública" e gerar "insegurança jurídica" no Brasil, diz a OEA no relatório da Comissão de Peritos do Mecanismo de Acompanhamento da Implementação da Convenção Interamericana contra a Corrupção criticando as decisões do Dias Toffoli. "Há quase uma década, informações sobre suborno transnacional confessado pela empresa em mais dezena de países permanecem sob sigilo mas, com as anulações recentes, é possível que jamais venham à luz. Não é digno que o Brasil se torne um cemitério de provas sobre a corrupção transnacional". É uma pena que outras siglas na sopa de letrinhas TCU, CNJ, MPF, STJ e a omissa OAB passem o pano sobre o fato e façam cara de paisagem.

1.4- Uma ideia jerical


 


"Não sei se o Lula virou agiota ou se pretende mudar o nome do PT, Partido dos Trabalhadorer, para PB, Partido dos Banqueiros. A medida que o governo tomou agora é uma das mais vergonhosas contra o trabalhador brasileiro. Mostra que essa história de proteger os mais pobres e os desfavorecidos virou apenas discurso." A opinião que eu corroboro é de Madeleine Lacsko e fala sobre o novo tiro no pé, na verdade é no povo mesmo, dado pelo caixeiro viajante, o Vein do 3º andar. Mais uma vez, tudo para sair do vermelho nos quesitos de aprovação pessoal e gerenciamento do governo. Sem rumo ou planos, visivelmente abatido e confuso, "uómi" dá sinais de que a vida está cobrando seus excessos e a cada pesquisa novo tombo. Tomar dinheiro do FGTS do trabalhador para emprestar ao trabalhador com juros é papo de cachaceiro. É a tal CFC: cachaça faz coisa.

1.5- Débora algo difícil de explicar




Da minha coluna anterior pincei: "Numa sentença condenatória o componente dosimetria da pena, é uma coisa para aceitar sem entender". Não sou operador do direito, mas sou obrigado a conhecer a lei e até agora nesse rolo do inquérito, prisão, denúncia e julgamento da Débora existe desconhecimento da lei ou pior, vontade explícita de ignorar a lei e no caso a jurisprudência do próprio STF pelos cinco servidores públicos do STF e PGR. Ocorre que a voz rouca das ruas foi ouvida e o PGR arregou: "A manifestação é pelo indeferimento do pedido de liberdade provisória e pela substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, ao menos até a conclusão do julgamento do feito, com o estabelecimento das medidas cautelares previstas nos arts. 319, IV e IX, e 320 do CPP". O STF, imprensa domesticada e a extrema esquerda encagaçados sentiram o primeiro dos recuos na farsa. Na coluna anterior encerrei dizendo "A Carta Magna diz que todos são iguais, mas Debora puxada para o STF tornou-se desigual e não pode recorrer da pena. Restaram-lhe a cadeia, exílio ou fuga. Hoje faço um reparo: o povo acordou e já não engole a narrativa. A Débora ganha uma vida até a anistia.

1.6- Último pingo




Que coisa... O pedido da PGR para que Débora cumpra a pena em casa é puro suco de cagaço do Gonet e uma lição do ex-ministro Marco Aurélio. Que coisa...








Léo Ladeia

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