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O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum no mundo, representando cerca de 28% dos novos casos em mulheres. A doença, que também pode afetar homens de forma rara (menos de 1% dos casos), tem sido diagnosticada cada vez mais em pessoas jovens, rompendo a ideia de que era exclusiva da idade avançada.
A identificação da doença pode ser feita por diferentes métodos. Embora o autoexame seja valioso para a mulher conhecer o próprio corpo, especialistas alertam que ele não substitui a mamografia, que permanece como o principal exame de rastreamento. "A mamografia é um exame de raio-X que consegue identificar microcalcificações e nódulos ainda não palpáveis", explica Julia Vasconcelos, Técnica em Radiologia.
Em casos específicos, outros exames como a ultrassonografia e a ressonância magnética podem ser solicitados. Se houver qualquer suspeita, uma biópsia é realizada para confirmar o diagnóstico. É crucial ficar atento a sinais de alerta, como nódulos, secreções pelo mamilo ou alterações na pele e no formato das mamas.
O acesso aos exames preventivos tem sido ampliado. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a mamografia já pode ser realizada a partir dos 40 anos, uma medida que facilita o diagnóstico precoce. Esse diagnóstico no estágio inicial da doença é um dos fatores mais importantes para aumentar as chances de cura, como destaca o Dr. Diego Oliveira: "Nos últimos anos, a gente tem conseguido diagnosticar o câncer de mama cada vez mais cedo, o que trouxe um benefício enorme para os pacientes".
Além dos exames, a conscientização é um pilar fundamental. "Em primeiro lugar, a gente precisa entender que a prevenção é o melhor caminho. Não adianta a gente ter medo, ter receio e deixar para depois", orienta Luciana Barros, Enfermeira.
A campanha do Outubro Rosa reforça que informação é sinônimo de prevenção. Derrubar mitos, compreender os fatores de risco e realizar os exames recomendados são atitudes que salvam vidas. A mensagem central é clara: o autocuidado é um ato fundamental, e quanto mais cedo for o diagnóstico, maiores são as chances de cura.
No próximo episódio, a reportagem trará informações sobre a rede de apoio, um elo importante para a cura.
Samara Santos - Portal SGC