Divulgação/TCE-RO
O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) realizou uma nova rodada de fiscalizações em unidades de saúde de Porto Velho e identificou avanços na estrutura hospitalar, mas também falhas que ainda comprometem o atendimento à população. As visitas ocorreram no sábado (18) no Hospital de Base, na Assistência Médica Intensiva (AMI) e no Hospital João Paulo II.
Conforme informações obtidas pelo Portal SGC, as inspeções integram o Programa Permanente de Fiscalização da Saúde, que combina análise técnica e diálogo direto com pacientes e profissionais. O objetivo é promover melhorias nas condições de trabalho e na assistência oferecida nos hospitais públicos.
No Hospital de Base, os técnicos constataram ambientes limpos, boa higienização e satisfação dos pacientes com a acomodação. Porém, o relatório também apontou um setor fechado por falta de profissionais, equipamentos danificados, escassez de insumos básicos e irregularidade no abastecimento das farmácias. Esses problemas afetam o andamento de cirurgias, aumentam o tempo de internação e elevam o risco de infecções hospitalares.
No Hospital João Paulo II, houve avanços em infraestrutura e fornecimento de insumos, mas a superlotação segue como um dos maiores desafios. A equipe registrou falta de médicos de sobreaviso, falhas em tomógrafos e aparelhos de raio-X, além de problemas elétricos na UTI. A carência de medicamentos e materiais básicos também foi citada como fator crítico.
Na Assistência Médica Intensiva (AMI), a fiscalização encontrou melhorias pontuais, como a retirada de entulhos e reorganização de fios, mas destacou falhas persistentes. A escala de plantão continua com número reduzido de profissionais, o que sobrecarrega a equipe. Equipamentos essenciais, como ventiladores mecânicos e impressoras de raio-X, permanecem inoperantes. Também foram observados banheiros com ferrugem, materiais mal armazenados e falhas na limpeza.
Com base nas constatações, o TCE-RO elaborou relatórios técnicos com recomendações à Secretaria de Estado da Saúde. O auditor de Controle Externo, Wesler Neves, explicou que o trabalho busca garantir resultados práticos: "Além de ouvirmos profissionais e pacientes, verificamos se os apontamentos realizados em outras ações foram corrigidos, para garantir que os serviços sejam prestados da melhor forma possível aos cidadãos".
O órgão reforçou que a fiscalização contínua é essencial para aprimorar a gestão da saúde pública e assegurar que os recursos sejam aplicados de forma eficiente em benefício da população.
Portal SGC