Porto Velho (RO)02 de Dezembro de 202522:35:56
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Saúde

OMS reconhece eficácia de medicamentos como Mounjaro e Ozempic no combate à obesidade

Segundo a organização, medicamentos GLP-1 representam ‘novo capítulo’ no tratamento da doença


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A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o potencial dos medicamentos para perda de peso, como Mounjaro e Ozempic, no combate à crescente obesidade mundial. Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (1/12), a entidade recomendou que os países adotem medidas para garantir acesso às terapias com peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1) para pessoas que podem se beneficiar delas, exceto gestantes.

O posicionamento, publicado no "Journal of the American Medical Association", representa a primeira manifestação formal da OMS sobre esses medicamentos em texto direcionado aos profissionais de saúde. A organização alerta que a obesidade poderá afetar 2 bilhões de pessoas até 2030.

A OMS estima que aproximadamente 100 milhões de pessoas poderão receber os medicamentos GLP-1, o que representa apenas 10% do total que poderia se beneficiar desses tratamentos. O documento destaca que a eficácia comprovada desses medicamentos representa "um novo capítulo" na forma como os serviços de saúde tratam a obesidade e as doenças fatais relacionadas a ela.

O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirma que "embora a medicação sozinha não resolva essa crise global de saúde, as terapias com GLP-1 podem ajudar milhões de pessoas a superar a obesidade e reduzir os danos associados a ela".

A OMS aponta três grandes barreiras que precisam ser superadas para melhorar o acesso a esses medicamentos: o preparo dos sistemas de saúde para fornecimento, a falta de capacidade de produção e disponibilidade a preços acessíveis, e o acesso universal à saúde.

No comunicado, a organização também enfatiza a necessidade de colaboração das empresas farmacêuticas para reduzir os preços dos medicamentos e ampliar significativamente sua produção, evitando que populações de países mais pobres fiquem sem acesso a esses tratamentos.

A Organização Mundial da Saúde ressalta, porém, que os medicamentos sozinhos não são suficientes para reverter a obesidade. As pessoas que utilizam esses tratamentos também devem adotar uma alimentação mais saudável, praticar exercícios físicos e receber orientações sobre estilos de vida.

A OMS também reconhece evidências crescentes de que os GLP-1 podem ajudar a reduzir riscos de condições graves como ataques cardíacos, derrames, diabetes tipo 2, hipertensão arterial, colesterol elevado, apneia do sono e doenças renais e arteriais.












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