Porto Velho (RO)15 de Outubro de 202516:05:06
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Diário da Amazônia

Responsabilidade compartilhada é chave no combate à raiva animal

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A confirmação de um novo foco de raiva em bovinos, registrada em Campo Novo de Rondônia, serve como um lembrete da importância da vigilância sanitária e da responsabilidade compartilhada entre órgãos públicos e produtores rurais. O episódio mostra que, mesmo com programas de controle consolidados, a doença ainda representa um risco concreto para os rebanhos e, em consequência, para a saúde humana.

A raiva é uma zoonose que desafia fronteiras geográficas e administrativas. Sua prevenção depende menos da reação pontual a surtos e mais da manutenção constante de medidas preventivas. O ciclo de vacinação anual, a inspeção rotineira dos animais e a comunicação imediata de suspeitas são ações simples, mas indispensáveis para conter o avanço da enfermidade.

A atuação da Idaron diante do caso demonstra a relevância do serviço público veterinário e a eficácia das estratégias de campo. As equipes técnicas agiram rapidamente, percorrendo propriedades, orientando criadores e promovendo campanhas educativas. No entanto, nenhum esforço governamental alcança o resultado desejado sem a colaboração efetiva de quem lida diretamente com os animais.

O desafio maior está em transformar a prevenção em hábito. A vacinação de rotina não deve ser vista como uma despesa, mas como investimento em segurança sanitária e econômica. A perda de um animal representa prejuízo individual, mas o surgimento de um foco de raiva tem impacto coletivo. Um único caso confirmado obriga a mobilização de recursos, deslocamento de equipes e implementação de medidas emergenciais em diversas propriedades.

O alerta é claro: a raiva é fatal e não oferece margem para descuido. É preciso manter a imunização em dia e adotar protocolos de notificação imediata. A informação, nesse contexto, é uma ferramenta poderosa. Quanto mais os produtores compreenderem os riscos e os procedimentos corretos, menor será a possibilidade de novas ocorrências.

Rondônia construiu uma estrutura eficiente de defesa agropecuária, e a resposta rápida da Idaron confirma isso. Mas a eficácia de qualquer programa sanitário depende da adesão coletiva. O controle da raiva exige vigilância constante, colaboração mútua e consciência de que a responsabilidade é de todos — governo, técnicos e produtores.

A lição deixada por cada ocorrência deve servir de guia para futuras ações. A vigilância constante, o comprometimento dos produtores e a continuidade das políticas públicas são pilares que sustentam a defesa agropecuária. Somente assim será possível reduzir riscos e preservar a saúde coletiva.

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