Porto Velho (RO)27 de Julho de 202410:42:54
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RONDÔNIA

Porto Velho sufocada: Poluição atinge níveis alarmantes na cidade

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Foto: Roni Carvalho/Portal SGC

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A qualidade do ar em Porto Velho atingiu níveis alarmantes na quarta-feira, 24, colocando a capital de Rondônia no topo do ranking das cidades brasileiras com pior qualidade do ar. Este dado preocupante foi revelado pelo monitoramento em tempo real da IQAir, uma renomada empresa suíça especializada em tecnologia de qualidade do ar.

A situação é grave e merece atenção imediata. A concentração de material particulado fino no ar de Porto Velho é 7,8 vezes superior ao valor anual recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso significa que os moradores da cidade estão respirando um ar extremamente poluído, o que pode acarretar sérios riscos à saúde.

O material particulado fino, também conhecido como PM2.5, é especialmente perigoso por sua capacidade de penetrar profundamente nos pulmões e até mesmo na corrente sanguínea. A exposição prolongada a altos níveis desse poluente está associada a uma série de problemas que afetam a saúde humana, incluindo doenças respiratórias, cardiovasculares e até mesmo câncer. O que torna essa situação ainda mais alarmante é a previsão de que a qualidade do ar em Porto Velho deve piorar nas próximas semanas, podendo atingir níveis críticos até o final de julho. Essa tendência preocupante exige ação imediata por parte das autoridades locais e federais.

É fundamental que medidas emergenciais sejam tomadas para proteger a saúde da população. Isso pode incluir a distribuição de máscaras de proteção, a restrição de atividades ao ar livre, especialmente para grupos vulneráveis como crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios preexistentes, e a intensificação dos esforços para combater as fontes de poluição. A longo prazo, é essencial que sejam implementadas políticas públicas eficazes para melhorar a qualidade do ar na região. Isso pode envolver o fortalecimento da fiscalização ambiental, o incentivo a tecnologias mais limpas e sustentáveis, e a promoção de práticas agrícolas e industriais menos poluentes.

E essa situação gravíssima é o reflexo de um problema maior que afeta toda a região amazônica. As queimadas e o desmatamento, muitas vezes ilegais, são os principais fatores que contribuem para a poluição do ar na região. É crucial que haja um esforço conjunto entre governos estaduais e federal para combater essas práticas prejudiciais ao meio ambiente e à saúde pública. Além disso, é importante que a população seja devidamente informada sobre os riscos à saúde associados à má qualidade do ar e orientada sobre como se proteger. Campanhas de conscientização e educação ambiental podem desempenhar um papel chave nesse sentido.






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