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O STF não cogita, ao menos por ora, determinar que o ex-presidente Jair Bolsonaro use tornozeleira eletrônica, mesmo após a deputada Carla Zambelli deixar o Brasil em meio ao julgamento que a condenou a 10 anos de prisão.
Na quarta-feira (3/6), o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, apresentou um pedido ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, e ao ministro Alexandre de Moraes para o monitoramento eletrônico de Bolsonaro em tempo real.
O STF, contudo, trata o episódio envolvendo Zambelli como um caso individual. A conduta da parlamentar não servirá de parâmetro para providências contra o ex-presidente da República e outros réus.
"Cada caso deve ser analisado individualmente. Não há paralelo entre a situação do ex-presidente e a da deputada Carla Zambelli. Em último caso, há o mecanismo da prisão preventiva", explicou um ministro do STF, em caráter reservado, à coluna.
Condenação no STF e viagem aos Estados Unidos
Carla Zambelli viajou para os Estados Unidos após o STF condená-la a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A defesa da parlamentar recorreu contra a decisão da Corte. A deputada respondia em liberdade até a conclusão do processo.
Após Zambelli deixar o país, Alexandre de Moraes determinou sua prisão preventiva e inclusão na lista da Interpol.
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